Machine Learning do Zero no R

Análogo ao que foi feito no post Machine Learning do Zero no Python, teremos agora no blog um tutorial bem tranquilo, do ZERO, para quem quer aprender Machine Learning / Ciência de Dados, utilizando R. Não fique com medo por ser um post mais extenso, você pode fazer um pouco cada dia durante um certo período de tempo, caso sinta que está pesado demais. Abaixo, você vai aprender a tratar os dados, fazer filtros, localizar valores nulos, criar gráficos e até conhecer alguns modelos. Então bora aprender! Continuar a ler “Machine Learning do Zero no R”

Técnicas de Clustering: K-Means

O que é clustering?

Imagine o dono de uma loja com todo o histórico do que seus clientes compraram. Esse histórico permite que o lojista procure o tipo de produto que o cliente pode se interessar. Porém, fazer isto para cada cliente individualmente não é muito eficiente. Seria mais prático ele separar os clientes por grupos de acordo com a semelhança entre as preferências desses clientes. Assim, ele terá que pensar na recomendação para cada grupo, sendo que o número de grupos seria muito menor que o número de indivíduos.
Sendo assim, o que o lojista precisaria fazer era pensar em como separar os indivíduos, pensando no número de grupos que quer formar e qual critério de separação. Isso pode ser feito através de técnicas de clustering. (traduzido e adaptado de: K-means Clustering Tutorial)

Clustering é o método separar seus dados em grupos (clusters) quando estamos minerando dados. Ou seja, nada mais é do que unir indivíduos de sua base de dados com base em suas semelhanças.

Um algoritmo bastante utilizado é o k-means (traduzido por alguns como k-médias). Este algoritmo serve para agrupar os dados em grupos com base nas distâncias à média.

Vejamos um exemplo para facilitar o entendimento:

Queremos aplicar o k-means nos indivíduos 1,2,3,4,5,6,7,8,9 e 10, que possuem determinados valores em duas variáveis quaisquer X e Y:


Para a utilizar o algoritmo precisamos escolher o número de grupos que queremos utilizar.

Para facilitar, no nosso exemplo iremos agrupar em dois grupos.

Iniciamos com um grupo contendo o elemento 1 e um outro grupo contendo o elemento 9.


Agora vamos alocar os elementos mais próximos de cada grupo de acordo com a distância entre os pontos. Por exemplo, note que a distância do indivíduo 4 é 6,7 para o Grupo 1, enquanto a distância ao Grupo 2 é 1,4. Logo, ele deve pertencer ao Grupo 2.

Fazemos a mesma comparação para os demais elementos e chegamos a essa divisão:


Note que as médias de cada grupo se alterou. Podemos então reagrupar os elementos, novamente através da distância às médias.

Por exemplo, a distância do indivíduo 4 em relação ao Grupo 1 agora é 3 e em relação ao Grupo 2 é de 3,7. Ou seja, ele agora está mais próximo do Grupo 1.

O mesmo deve ser feito para os demais elementos:


Esse processo é feito sucessivamente até que se encontre o melhor agrupamento, dado o critério de distância à média.

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